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Arte Rupestre
A área geográfica em que se insere o concelho de Alijó revela, relativamente à Arte Rupestre, uma grande riqueza exumada, especialmente na zona Norte/Centro, percetível nas pinturas e gravuras que denotam uma grande diversidade de motivos representados que se enquadram em diversas tipologias distintas.
Constituindo um dos exemplos mais notáveis e únicos de abrigos com pinturas esquemáticas/antropomórficas existentes no nosso país (num total de três), especificamente na região transmontana e com um bom estado de conservação, em Pala Pinta as pinturas foram realizadas em painéis verticais, provocados por fratura de rocha. O painel principal, que acumula a maioria das figuras situa-se na parte direita do abrigo, e é formado por cinco sinais raiados (um deles com dois círculos concêntricos e traços “asteriformes”, provável representação solar), por sinais arborescentes, uma cadeia de sete anéis, manchas punctiformes em fiadas lineares e barras paralelas. Quatro metros à esquerda do grupo (painel principal) que acabamos de descrever, há pequenas áreas lisas que foram em parte aproveitadas, constituindo-se como um grupo mais pobre em termos de número de figurações presentes neste abrigo. Neste segundo grupo repete-se o símbolo solar igualmente constituído por dois círculos concêntricos, estando provido o externo de faixas periféricas irradiantes e ainda barrinhas paralelas e dois pequenos sinais radiados.
Segundo investigadores presentes no local, além dos dois símbolos solares, há, como dissemos, sinais radiados, formados por fiadas de pontos, os quais são considerados como símbolos astrais. Os sinais ramiformes de que vemos dois tipos no grupo maior, são geralmente considerados como estilizações esquemáticas da figura humana.
Estas pinturas rupestres pertencem ao período do Neolítico/Calcolítico.
Painel Principal - Pala Pinta (SOUSA, Orlando (1989) - O Abrigo de Arte Rupestre da Pala Pinta)

Caminhando para Noroeste, num esporão da serra da Botelhinha, é possível visualizar as gravuras rupestres da Botelhinha. Esta área geográfica insere-se na região natural da Padrela, marcada aqui por superfícies planálticas de topo, de altitudes médias variando entre os 400 e 700 metros, e de cariz granitoide. Este arqueossítio é constituído por cinco afloramentos graníticos de grandes dimensões, bastante próximos. Encontram-se gravados com diversos motivos: covinhas, reticulados, antropomorfos, cruciformes, estiliformes e em ferraduras. Parecem distinguir-se várias fases. Diversos afloramentos apresentam covinhas. Entre os motivos mais recentes deverão estar as cruzes e os motivos em ferradura. Duma fase mais antiga serão os motivos característicos da arte esquemática, como antropomorfos de vários tipos e motivos raiados - presumivelmente símbolos solares.

Arte Esquemática - Motivos Antropomórficos e Raiados

Em Carlão, encontra-se um curioso exemplar de inscultura - um berrão, localizado nas imediações do castelo de Carlão e do atual cemitério. Do outro lado do morro da Azinheira, também existem vestígios de ocupação e utilização do espaço, comprovado pela presença de material cerâmico à superfície, lagares e fossetes, assim como a gravação de uma alabarda num afloramento granítico.

Representação Zoomórfica (berrão)
Alabarda (gravada na rocha)
Localização da Arte Rupestre (Concelho de Alijó):

- Rocha do Chão do Nabal - Pópulo

- Feixe 1/2/3 - Ribalonga

- Gravuras da Botelhinha - Pegarinhos

- Anta da Fonte Coberta - Vila Chã (Pinturas e Gravuras)

- Pala Pinta - Carlão

- Alabarda - Carlão

Pinturas da Pala Pinta
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